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Reabilitação urbana: chuva de projetos continuou a animar o mercado

A reabilitação urbana apareceu em tempo de crise, como tábua de salvação para um setor enfraquecido e colapsado: o da construção. Alimentou e deu vida ao mercado imobiliário, atraindo investimento de várias frentes. Cresceu de forma expressiva ao longo dos anos, continuando de boa saúde e a fazer multiplicar projetos. O...
27 dez 2019 min de leitura

Em fevereiro, outra novidade, o Revive Natureza. O Governo decidiu alargar o programa de recuperação do património devoluto do Estado a imóveis como antigas casas florestais, que possam ser usadas em atividades turísticas. Na área do património cultural e histórico, o programa original continuou a avançar a todo o vapor: por aquela altura estava a ser assinado o contrato de concessão do Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria que iria receber um investimento de 4,5 milhões. Os atrasos nos licenciamentos continuaram, apesar disso, a marcar a agenda do setor. Para combater essa realidade, a autarquia de Lisboa decidiu criar uma 'via verde' para agilizar as respostas aos processos acumulados e facilitar os projetos de reabilitação e construção na cidade.

O ano foi seguindo com notícias de muitos novos projetos de reabilitação a chegar ao mercado. Ficámos a conhecer os planos para a nova Praça de Espanha, em Lisboa – deverá estar pronta em 2020. O trânsito e os carros, contávamos na altura, darão lugar a um parque verde com quase cinco hectares, muito semelhante ao Jardim da Estrela, com espaços de recreio, lazer e desportivos. As mudanças deverão custar seis milhões de euros aos cofres da autarquia.  As obras de restauro do emblemático Mercado do Bolhão, no Porto, e que arrancaram em maio de 2018, devem ficar concluídas em maio de 2021. Uma das empresas que está a recuperar o espaço é a Carmo Wood, que foi escolhida pela Câmara Municipal do Porto (CMP) para fazer a reparação, reforço e consolidação de todo o madeiramento da cobertura, limpeza e tratamento dos elementos existentes, assim como a substituição de elementos degradados. 

A dinâmica da cidade do Porto e de toda a região norte foi, de resto, evidente ao longo do ano.  O cinema Batalha vai ser reabilitado, por 3,95 milhões de euros, e a obra deverá estar pronta em 2021. Finalizado está o Forte da Ervilha, Espaldão militar do Porto que serviu os interesses militares na Guerra Civil Portuguesa entre 1828 -1834, e que foi convertido num novo complexo habitacional. As antigas instalações industriais da Adira, na rua de António Bessa Leite, no Porto, também vão ser transformadas num projeto imobiliário de significativa dimensão. O cenário repetir-se-á numa antiga fábrica de conservas em Matosinhos, que vai ser convertida num condomínio com 66 apartamentos.

A Baixa do Porto vai ter mais um edifício histórico convertido em habitação premium, chama-se Cooper Residence e será um empreendimento residencial de luxo com 23 apartamentos junto às Caves de Vinho do Porto. A este projeto junta-se outro, o do Palacete Cedofeita, um novo condomínio de luxo a nascer num edifício do século XIX  que deverá estar concluído já no próximo ano. Esta Quinta no Douro também vai renascer, depois de um investimento alemão de 12 milhões. Falta link

A chuva de projetos continuou um pouco por todo o país. O Funchal decidiu atribuir benefícios fiscais a seis obras para promover reabilitação e economia local e em Aveiro, a Civilria reabilitou o Avenida 60, um edifício localizado na Av. Lourenço Peixinho, no coração da cidade, num investimento de 5 milhões de euros. Ficámos a saber também que um antigo palácio do século XX vai dar lugar a um condomínio de luxo em Cascais e que o antigo Convento de São Paulo em Vila Viçosa (Évora) vai ser convertido num hotel de luxo. 

Em Lisboa, e a títuto de exemplo, destaque para a reabilitação da antiga fábrica de pão no Hub Criativo do Beato, que já tem muitos interessados portugueses, e para a reconversão de vários palácios, nomeadamente o Palácio Mendia, que vai renascer pela mão do grupo Selina como hotel e coworking, e o Palácio da Independência, cujo restauro é visto como um “imperativo histórico e patrimonial”.

E a fechar o ano, em novembro, a notícia da chegada das regras mais apertadas para a reabilitação. A nova legislação – chegou ao terreno a 15 de novembro de 2019 - implicou um conjunto de alterações a diplomas, nomeadamente ao Regulamento Geral das Edificações Urbanas. Entre as várias mudanças está a revogação do regime excecional e temporário aprovado em 2014, que dispensava as obras de reabilitação de um conjunto de regras em matéria de acessibilidades ou reforço sísmico, desde que os edifícios tivessem mais de 30 anos. Também há novidades em matéria de avaliação da vulnerabilidade sísmica, segurança contra incêndios, eficiência energética e comportamento térmico, acústica e acessibilidades e instalações. Quem estiver a preparar-se para avançar com obras deverá ficar atento a estas regras.

Fonte: Idealista

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