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Imobiliário ao rubro: investimento em Portugal poderá atingir 3.000 milhões em 2021

Entre os segmentos de maior interesse para o investimento estarão a logística, a hotelaria e a habitação.
07 mai 2021 min de leitura

O investimento imobiliário em Portugal em 2021 deverá superar, ainda que ligeiramente, o volume transacionado em 2020, que marcou o terceiro melhor resultado de sempre no mercado nacional. A Prime Yield estima que o investimento atinja 3.000 milhões euros este ano, volume que compara com os 2.800 milhões transacionados no ano passado. Em causa estão dados da edição 2021 do “Guia de Investimento para SOCIMIs e SIGIs”.

O ano passado registou uma queda anual de 13%, mas manteve os níveis de transação entre os patamares mais elevados do mercado. De acordo com o “Guia de Investimento para SOCIMIs e SIGIs 2021”, apesar de os primeiros meses de 2021 serem marcados por um novo confinamento geral no país e, consequentemente, por uma atitude de maior cautela por parte dos investidores, “continua a existir bastante liquidez para investir em imobiliário, antecipando-se uma forte retoma da atividade de investimento na segunda metade do ano, liderada pelos investidores internacionais, mas com uma presença cada vez mais forte dos investidores nacionais”.

Além dos escritórios, que se mantêm entre os alvos preferenciais, entre os segmentos de maior interesse para o investimento estarão a logística, cuja procura ocupacional disparou após o crescimento massivo do comércio eletrónico, os novos segmentos da área residencial, dos quais se destaca a construção para arrendamento ('build-to-rent') e as residências de estudantes, e a hotelaria, que apesar de estar fortemente afetada em termos de ocupação, emerge no radar dos investidores, segundo explica Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.

Hotelaria, habitação e logística na mira

“Todos sabemos que o turismo foi um dos setores mais fustigados pela pandemia e que as perspetivas de recuperação da atividade turística, e, por conseguinte, do desempenho operacional dos hotéis, não são animadoras mesmo para este ano. Contudo, os hotéis, devido à sua elevada qualidade, continuam a ser ativos muito procurados para investimento e tornam-se, na atual conjuntura, especialmente apetecíveis para os fundos oportunistas”, comenta o responsável.

Na sua perspetiva, há, contudo, uma mudança no radar dos investidores em hotéis, “que estão agora especialmente direcionados para os ativos situados na zona do Algarve, em detrimento das localizações de Lisboa e Porto”. “Isto acontece porque antecipa-se uma recuperação mais rápida do segmento de turismo de sol-praia e golfe, caraterísticos da região Sul, sendo expectável que o turismo de negócios e urbano, onde Lisboa e Porto lideram, seja mais difícil de relançar”, explica.

Quanto aos restantes segmentos alvo de interesse dos investidores, “a logística emerge como um produto de grande interesse devido à massificação de operações de vendas online que a pandemia trouxe consigo, embora tenhamos de lidar com a falta de produto adaptado aos requisitos dos operadores. Não é de estranhar que, neste cenário, comecemos a ver mais negócios de investimento logo na fase de promoção dos ativos".

Na habitação, garante, "os setores das residências de estudantes e séniores, além do co-living, vão continuar a despertar interesse, estando já em desenvolvimento vários projetos e havendo algum produto a surgir no mercado". Mas a grande promessa, adianta, é o 'build-to-rent', "que tem um enorme potencial de crescimento". "Se conseguirmos ter um mercado de arrendamento institucional atrativo para os investidores será um passo muito importante para ajudar as famílias a ter uma renda compatível com o seu rendimento”, conclui o responsável.

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