Crédito habitação: bancos concedem mais de 1.200 milhões há 8 meses

As condições parecem reunidas para comprar casa em Portugal. As poupanças das famílias estão em alta e as taxas de juro, embora tenha subido, continuam em mínimos. Este seria o cenário perfeito não fosse a subida dos preços das casas, que parece não ter fim à vista. Mas nem mesmo os elevados preços das casas parecem travar o negócio. A concessão de novos créditos habitação está em alta, superando os 1.200 milhões de euros há 8 meses seguidos, segundo mostram os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP).
 

Mais um mês se passou e os dados do BdP vêm confirmar, uma vez mais, a corrida ao crédito habitação que se instalou em Portugal. Em outubro de 2021, foram concedidos pelos bancos 1.263 milhões de euros para comprar casa no país, revelou o regulador esta quinta-feira, dia 2 de dezembro de 2021. Este é um valor ligeiramente inferior ao registado em setembro (cerca de -5%), mas está em linha com o montante que tendo vindo a ser concedido desde março de 2021 para comprar casa - superior a 1.200 milhões de euros.
 

Taxa de juro na habitação sobe para 0,82%

Quanto à taxa de juro, os dados do BdP dão nota que a taxa de juro média subiu para 0,82% (+0,02% do que em setembro) na habitação, acompanhando a evolução da Euribor a 12 meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação. “Apesar desta subida e quando considerada apenas a componente de encargos relativa a juros, Portugal era o país com a segunda taxa de juro mais baixa da área euro. Esta situação resulta, em parte, da prevalência em Portugal do crédito com taxa variável”, explicam desde o regulador liderado por Mário Centeno.
 

Já “considerando a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG), ou seja, a taxa que engloba todos os custos associados à contratação do empréstimo (e não apenas a taxa de juro em si), Portugal situava-se acima da média da área euro”, revelam ainda.
 

No que diz respeito a novos empréstimos a particulares, os bancos concederam um total de 1.882 milhões de euros em outubro. O crédito habitação continua a ser o que representa a maior fatia (cerca de 67%), seguido de empréstimos ao consumo (412 milhões) e créditos para outros fins (207 milhões). Também a taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo subiu para 6,65%.

Fonte: Idealista